São Paulo - Cafu, Serginho e Marcos Assunção foram alguns dos jogadores mais hostilizados por torcedores italianos racistas no final de semana. No sábado, o Milan foi a Roma e empatou em 1 a 1 com a Lazio, que tem uma das torcidas mais racistas da Europa.
A partir do momento em que tiveram seus nomes anunciados pelo sistema de som do estádio, e a cada vez que tocavam na bola, ouviam insultos e vaias dos torcedores no Foro Italico. No domingo, o lateral Cafu sofreu com o mesmo tratamento na vitória da líder Roma por 4 a 1 sobre o Verona.
O problema da intolerância racial no futebol europeu é cada vez mais grave e já causou punições à Lazio pelo comportamento de seus torcedores, sempre hostis com jogadores negros de outras equipes. O problema se repete dentro de campo. Recentemente, uma das estrelas do time, o iugoslavo Mihajlovic foi suspenso por duas partidas pela Uefa depois de ofender o francês Patrick Vieira, do Arsenal, durante uma partida da Copa dos Campeões.
Outro caso de violência no final de semana do futebol italiano aconteceu em Como, em um jogo da terceira divisão. O jogador Francesco Bertolotti, do Modena, foi agredido pelo capitão do Como, Massimiliano Ferrigno, após a partida e está em coma.
Bertolotti levou um soco no queixo, bateu a cabeça no chão, caiu desmaiado e teve uma parada cardíaca, sendo levado para um hospital em Lecce. Ontem, passou por uma cirurgia de três horas para reduzir a pressão dos hematomas no tecido cerebral. O agressor está preso.