Rio - A despedida do Lages da Seletiva do
Campeonato Catarinense não poderia ter sido pior. Além de terminar a
competição na lanterna, os jogadores e dirigentes do clube protagonizaram
cenas de violência, que fizeram com que o árbitro Iolando Rodrigues optasse
por não realizar a partida contra o Fraiburgo, pela última rodada do
torneio.
Os jogadores do Lages cumpriram a promessa e não entraram em campo.
Antes da partida, no vestiário do Estádio Vidal Ramos Júnior, o presidente
do Lages, Reinaldo Souza, tentou convencer os atletas a mudarem de opinião.
Diante da negativa, ele resolveu colocar em campo o time de juniores.
Inconformados com a atitude, os jogadores profissionais invadiram o
campo e deram início ao tumulto. O goleiro Léo tentou arrancar o uniforme do
jogador júnior que iria substituí-lo. Mesmo alegando que o uniforme foi
comprado com seu próprio dinheiro, Léo acabou apanhando de cassetetes dos
policiais.
Ao deixar o gramado, Léo acusou o clube de estar utilizando
jogadores com situação irregular. Já Reinaldo Souza se limitou a dizer que o
clube não recebeu nenhum dinheiro da Federação Catarinense de Futebol (FCF)
para repassar aos jogadores, conforme foi noticiado.
Segundo o diretor jurídico da FCF, Rodrigo Capella, como o árbitro
não suspendeu o jogo, não fica caracterizado o WO. O Tribunal de Justiça
Desportiva da FCF deverá se basear então no Código Brasileiro Disciplinar de
Futebol (CBDF) e dar a vitória por 1 a 0 ao Fraiburgo.