São Paulo - Depois da derrota para o São Caetano, a maior preocupação do Palmeiras agora baseia-se em uma única figura: Romário. O técnico Marco Aurélio conversou nesta segunda-feira com os jogadores por mais de 30 minutos e esclareceu que o time deveria esquecer-se da João Havelange e preocupar-se apenas em parar o atacante vascaíno, na primeira partida da final da Copa Mercosul, quarta-feira, no Rio de Janeiro.
Para o zagueiro Paulo Turra, ficou claro na conversa com o treinador que o método de anular as finalizações de Romário, considerado o melhor jogador do mundo pela maioria do grupo palmeirense, é aplicar uma forte marcação desde o meio-de-campo. "Não podemos deixar a bola chegar até ele, porque seu raciocínio é muito rápido e ele pode resolver uma partida em segundos", observou o jogador.
Marco Aurélio também aproveitou a palestra para explicar o regulamento da competição sul-americana para os jogadores. "Ele nos disse que, se conseguirmos um bom resultado no Rio, as chances de uma terceira partida diminuirão", observou o volante Fernando. Pelo regulamento, se houver uma vitória para cada lado nas duas partidas decisivas, haverá uma terceira, no Palestra Itália.
Outra preocupação da comissão técnica é o desgaste dos jogadores. Alguns deles já estão começando a sentir fadiga muscular. Nem mesmo a mudança para amanhã do jogo contra o Vasco, previsto anteriormente para terça-feira, será suficiente para a equipe recuperar-se do desgaste dos últimos jogos. "Ajuda, mas não é o ideal", disse o preparador-físico Carlos Pacheco.
Como previa o médico do clube, Rubens Sampaio, os jogos posteriores ao de Quinta-feira, contra o São Paulo, seriam os de maior risco para surgirem contusões. A primeira foi em Magrão, que não atuou contra o São Caetano por estar com dores musculares. Na partida, Tuta, que está fora do jogo contra o Vasco, foi a Segunda baixa, tendo uma contratura muscular na coxa direita. "A seqüência de jogos não é determinante, mas certamente influencia nas contusões", completou Sampaio.
No Sábado, pela João Havelange, o Palmeiras terá um novo desafio, e terá de depender da superação dos jogadores para vencer o São Caetano por pelo menos dois gols de diferença. Uma vitória por um gol de diferença seria suficiente somente se o Palmeiras marcar mais de quatro gols.