Belo Horizonte - Autor do primeiro gol na vitória de 3 a 2 sobre o Internacional, sábado, no Mineirão, depois de perder duas boas chances de empatar o jogo, o lateral-esquerdo Sorín reconhece que vive um bom momento no Cruzeiro, mas não fica muito à vontade ao fazer uma avaliação sobre suas últimas atuações. “Não falo sobre mim. Estou contente, mas compartilho isso com minha família", afirma o jogador, demonstrando certa timidez.
Mesmo sem querer comentar muito sua boa fase, Sorín admite que o técnico Luiz Felipe Scolari tem a ver com isso. “O time agora é mais ofensivo e tenho mais liberdade para jogar", comenta. “Também no primeiro semestre não tive muita sorte, inclusive nos gols", completa Sorín.
Para comprovar o excelente momento que atravessa, Sorín foi eleito pelos torcedores do Cruzeiro o Craque do Ano, numa promoção do jornal “O Raposão Arquibancada", realizada no sábado, no Mineirão. “Não esperava e fico muito agradecido. Ser reconhecido em tão pouco tempo aqui no Cruzeiro me motiva ainda mais", agradece o lateral argentino, que ficou à frente de Ricardinho e Cris, outros bem votados pela torcida.
Sorín também critica a desorganização do calendário do futebol brasileiro, que obrigará o time a ficar dez dias sem jogar. “É uma vergonha. Não sei se prejudica ou não o time, mas é uma falta de respeito ter que jogar depois de 11 dias parado", avalia o lateral, acostumado ao Campeonato Argentino com dois turnos distintos, o Apertura e o Clausura.
A paralisação dos jogos do Cruzeiro na Copa João Havelange, no entanto, pode ser benéfica para o lateral argentino. Ele começou o jogo contra o Internacional, sábado, sentindo dores nos quadris e ainda durante a partida pisou um buraco e quase se contundiu seriamente no tornozelo direito.
Sorín não acredita que esteja faltando atenção ao time no início de cada tempo, por causa dos gols que o Cruzeiro sofreu sábado, contra o Internacional. “O primeiro foi um rebote do goleiro e o segundo, uma boa jogada do Fábio Rochemback", comenta.
O jogador argentino destaca que a equipe soube reagir aos gols sofridos. “O primeiro tempo foi todo do Cruzeiro. O time teve raça e inteligência. Também no segundo tempo foi assim, apesar de não termos criado as mesmas oportunidades de gol", analisa Sorín.
O lateral ainda lembra outra coincidência infeliz para o Cruzeiro, nos jogos contra o Internacional, pelas quartas-de-final da Copa João Havelange. “É muito difícil um time levar dois gols contra em dois jogos", lamenta, referindo-se aos gols de Oséas e Cléber, nas partidas contra o time gaúcho. “Mas o importante é que o Cruzeiro passou de fase."