São Paulo - Como número 1 do mundo e a obrigatoriedade de disputar uma série de torneios designados pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Gustavo Kuerten não vai poder jogar o quanto gostaria na sua superfície preferida, o saibro. Assim, a maioria das competições, 13, será em quadras rápidas (cimento, grama e carpete), com apenas 6 no saibro, sem contar os confrontos da Copa Davis.
Guga tem de jogar os quatro Grand Slams (Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open) e os nove Masters Series, além do Masters Cup, no caso de ficar entre os oito classificados, o que já dá um total de 14 competições. Assim, sobrou muito pouco para o tenista brasileiro escolher - terá, em 2001, um calendário bem enxuto, sem longas viagens, ao contrário do que fez este ano, em que aproveitou a ida aos Jogos Olímpicos para competir na Ásia.
Quando pôde escolher, Guga optou por competições em datas e pisos estratégicos para preparar seu tênis para os torneios maiores. Assim, por exemplo, estará jogando em quadras rápidas em Los Angeles e em Indianápolis (defende o título conquistado em 2000) em uma superfície bem parecida com a do US Open.
No início da temporada, aproveita o confronto Brasil x Marrocos pela Copa Davis, no saibro, no Rio, para depois continuar na mesma superfície em Buenos Aires e Acapulco - que substitui o torneio da Cidade do México -, que jogou em 2000.
Guga só decidiu não fazer nenhuma preparação especial para a grama de Wimbledon - vai tentar a sorte na tradicional competição inglesa. Afinal, jogará nesta superfície apenas no All England Club, sem participar de torneios preparatórios, como já fez no passado, jogando também, por exemplo, em Nottingham.
Pelo mundo - A temporada, como não poderia deixar de ser, começa do outro lado do planeta, na Austrália, com Guga jogando apenas o Grand Slam - fica fora de torneios como os de Auckland e Sydney. Depois, volta ao Brasil para a Copa Davis. Segue para Buenos Aires e Acapulco, encerrando o primeiro período de competições.
Com os Masters Series de Indian Wells e Miami, Guga é obrigado a ir para as quadras rápidas. Este ano, teve uma campanha brilhante em Miami, chegando à final diante de Pete Sampras. Depois dos dois torneios, o tenista reservou um período para a Copa Davis. Se o Brasil passar pelo Marrocos na primeira rodada, jogará com o vencedor de Equador x Austrália. Os brasileiros terão o mando de jogo se os adversários forem os australianos.
Só depois Guga vai para a sua série mais importante de torneios, na primavera européia, com Montecarlo, Roma, Hamburgo e Roland Garros. Haverá, então, a disputa de Wimbledon. No segundo semestre, o brasileiro não sai mais das quadras rápidas, jogando no cimento e, depois, no carpete.