Roma - Diego Maradona continua o mesmo: suas palavras e atitudes sempre geram polêmicas. E nesta segunda-feira, ao receber o prêmio de melhor jogador do século - que dividiu com Pelé -, durante cerimônia no Foro Itálico de Roma, não foi diferente. Demonstrando seu lado político e ponderado, coisa pouco normal para quem acompanha a intempestiva carreira do argentino, Maradona disse que “este é um prêmio que devemos repartir com outros grandes jogadores, outras grandes figuras que também mereciam estar aqui”. O curioso é que “El Pibe” havia ameaçado, na semana passada, não comparecer a cerimônia caso tivesse que dividir o título com Pelé.
Maradona dedicou a conquista para argentinos e cubanos, “mas especialmente a Fidel Castro e ‘Che’ Guevara”. E completou: “Nós jogadores não somos nada sem o público, os torcedores. São eles que fazem a alegria do futebol. Agradeço a Fifa por ter respeitado a opinião desta gente”. O ex-jogador também não poupou seus críticos. Disse que nenhum jogador de futebol pode ser considerado um exemplo, pois “quem tem que dar exemplo para as crianças são os pais”.