Brasília - A CPI do Futebol, no Senado, acaba de aprovar o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de 18 dirigentes e ex-dirigentes dos principais clubes de futebol do país. O requerimento - do senador Geraldo Althoff (PFL-SC) - pede investigação nas contas de Paulo Rogério Amorety Souza (Internacional), Fabio Koff (Grêmio), Eurico Miranda e Antônio Soares Calçada (Vasco da Gama), Edmundo Santos Silva e Kléber Leite (Flamengo), Carlos Augusto Montenegro (Botafogo), Alvaro Barcelos (Fluminense), Zezé Perrella (Cruzeiro), Paulo Cury (Atlético-MG), Mustafá Contursi (Palmeiras), Fernando Casal del Rey (São Paulo), Samir Abdu Hak (Santos), Alberto Dualib (Corinthians), Luiz Roberto Zini (Guarani), Mário Celso Petráglia (Atlético-PR) e João Jacob Neto (Coritiba). Entre os dirigentes de clubes há dois deputados - Zezé Perrela (PFL-MG) e Eurico Miranda (PPB-RJ).
O pedido das quebras de sigilo dos dirigentes é resultado de um requerimento anterior, no qual o senador do PFL catarinense sugere a investigação direta a 15 clubes: Internacional (RS), Grêmio (RS), Vasco (RJ), Flamengo (RJ), Botafogo (RJ) e Fluminense (RJ), Palmeiras (SP), São Paulo (SP), Santos (SP), Corinthians (SP) e Guarani (SP), Atlético Mineiro, Cruzeiro (MG), Atlético-PR e Coritiba (PR).
Os senadores decidiram ainda quebrar o sigilo bancário da Lake Blue - empresa que teria intermediado a compra pelo Flamengo e pela ISL, do passe do sérvio Petkovic, além de convocar o deputado federal Robson Tuma (PFL-SP) sub-relator da CPI do Narcotráfico. Os senadores querem a ajuda do deputado no cruzamento de dados na investigação do suposto envolvimento de clubes no esquema de lavagem de dinheiro na venda de atletas.
Além disso, a CPI decidiu quebrar o sigilo bancário e fiscal da Traffic que havia sido pedida semana passada, mas que não havia sido votada por falta de quórum. Neste momento, os senadores discutem o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal dos principais dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entre eles, o presidente Ricardo Teixeira e dos diretores Marco Antonio Teixeira, Alfredo Nunes e Carlos Eugênio Lopes.
Dentro de mais alguns instantes deve começar o depoimento de Ricardo Teixeira. Primeiro, os senadores preferiram votar as quebras de sigilo de clubes e dirigentes para só então iniciar o questionamento presidente da CBF.