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Palmeirenses sonham em reviver a Segunda Academia
Segunda-feira, 18 Dezembro de 2000, 02h06

São Paulo - Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão. Essa era a escalação do Palmeiras, bicampeão brasileiro em 72/73. A equipe ficou conhecida como a Segunda Academia e sua formação não sai da memória dos palmeirenses que viram esse time jogar.

O Palmeiras de hoje não tem a mesma técnica daquela equipe. Comparar as duas formações pode ser uma heresia, mas os dois times têm uma coisa em comum: o modo como foram formados.

O ponte-de-lança Leivinha foi o jogador mais caro da Segunda Academia. Os outros jogadores que fizeram parte da equipe foram contratados por preços baixos ou já estavam no clube.

“Naquela época, o Palmeiras não teve gastos astronômicos. É quase o que está acontecendo agora”, afirma o ex-volante Dudu, que foi contratado em 64 junto à Ferroviária.

Leão, Luís Pereira, Eurico e Nei chegaram da mesma forma, mas em momentos diferentes. Em 69, a base da Segunda Academia já estava montada, mas o time só decolou em 71, com a chegada do técnico Oswaldo Brandão.

Além da chegada do treinador, o entrosamento obtido com o tempo contribuiu para a conquista do bi. Por isso, apesar do Verdão estar na final da Copa Mercosul, os ex-jogadores acreditam que o time pode obter mais resultados no futuro.

“Mas vai depender do que o clube fizer daqui para frente”, diz Ademir da Guia, lembrando que futuras contratações podem mudar o caminho da equipe.

Se a formação das duas equipes foi parecida, o estilo de jogo é totalmente diferente. Se a técnica era a marca registrada do time bicampeão em 72/73, a garra é a principal característica do Verdão de hoje. Mas o que mudou foi o futebol.

“O ponta virou volante e o lateral virou ponta. Antigamente o futebol era muito mais técnico”, disse o ex-zagueiro Luís Pereira.



L!Sportpress


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