Rio - O excelente desempenho na temporada de 2000 pode acarretar num verdadeiro desmanche do elenco do Boca Juniors. O próprio técnico Carlos Bianchi, que comandou o time nas vitoriosas campanhas da Libertadores, da Copa Intercontinental e do Torneio Apertura, prevê que 2001 será um ano de renovação.
"Aos 51 anos, não me vejo ganhando de novo tanto em tão pouco tempo. O próximo ano pode ser de transição. Há jogadores que sabemos que vão sair do clube", disse o treinador.
Clubes do exterior estão dispostos a tirar do Boca jogadores como os meias Serna e Riquelme e o atacante Palermo. Desde a chegada de Bianchi, já deixaram a equipe o zagueiro Samuel, o lateral-esquerdo Arruabarrena e os meias Matellán e Fagiani.
A provável debandada no elenco não parece preocupar o treinador. Com 11 títulos na carreira, Bianchi, que já dirigiu também o Vélez Sarsfield, está fazendo história, inaugurando o Bianchismo, devido a seu sucesso. Ele desconversa e prega a humildade.
"Meu único sonho é chegar aos 80 anos junto à minha esposa", disse.
O título do Apertura, conquistado no último domingo com a vitória de 1 a 0 sobre o Estudiantes, fez a alegria de 40% da população da Argentina, segundo uma pesquisa realizada no país. No entanto, as comemorações foram manchadas por cenas de violência, que registraram oito mortos e muitos feridos.