Porto Alegre - O técnico do Bento Gonçalves, Francisco Ferreira, resistiu muito em chamar o confronto desta noite contra a Ulbra de clássico, mas acabou anuindo. Jorge Schmidt, o treinador da Ulbra, define como um clássico de rivalidade sadia.
O jogo, válido pela abertura da oitava rodada da fase classificatória da Superliga Masculina, começa às 20h30min, no Ginásio Municipal de Bento Gonçalves. O Sportv transmite ao vivo.
Embora o primeiro turno recém tenha passado da metade, Jorginho afirma que a partida é decisiva para as duas equipes marcarem seus espaços. Antes da realização da sétima rodada na noite de ontem – quando os dois representantes gaúchos folgaram –, a Ulbra, bicampeã brasileira, ocupava o quinto lugar, e o Bento, o 11º entre 13 times.
Jorginho disse que a disputa deve ser encarada como se fosse pelo Estadual – no qual a Ulbra conquistou o título pela quinta vez neste ano, tendo o Bento como vice pela terceira temporada. Apesar dessa postura, o treinador da Ulbra admite: "Jogar contra o Bento em casa é um caroço difícil. É coeso e vibrante, sem destaques individuais, mas com um coletivo forte."
Jorginho não contará com os meios titulares. Itápolis sofre com dores no ombro direito – não se descarta que seja submetido a uma artroscopia –, e Schwanke está com uma virose.
Francisco Ferreira, o Chico, prefere que seus jogadores se comportem como se a partida fosse apenas mais uma, na qual não deveriam se preocupar com o adversário, porém com o próprio desempenho.
"Para fazer direito, eles não devem pensar que é a Ulbra ou o Vasco. Mas é um clássico", concorda Chico, lembrando que a tendência é de que o Bento suba de produção.
No último jogo, no sábado, o Bento fez frente diante do Banespa, atual campeão paulista. Perdeu por 3 a 1, porém ficou com o maior pontuador – Leo marcou 17 pontos, um a mais do que Joel, dono de um petardo no braço direito, decisivo para o Brasil ter conseguido a classificação para a Olimpíada de Sydney, em janeiro passado. No bloqueio, em que o Banespa tem Gustavo, o melhor do mundo em 1998, o Bento não se intimidou, registrando os mesmos nove pontos do adversário. Alex, do Bento, foi até mais eficiente do que Gustavo – terminou com cinco bloqueios, um a mais do que o rival.