Brasília - Com ajuda da Polícia Federal e da empresa de rastreamento de operações financeiras Kroll Associates, a CPI que investiga o contrato da CBF com a Nike irá cruzar dados com a CPI do Narcotráfico. A intenção é encontrar pessoas e grupos suspeitos que atuam tanto no ramo do tráfico de drogas, quanto com negócios ilícitos envolvendo futebol.
"Eu diria que há algumas figuras, situações e empresas que se repetem. Quando se mexe nessas coisas chega-se sempre nas mesmas meia dúzia de empresas", afirmou o diretor da Kroll no Brasil, Eduardo Sampaio, que hoje teve a primeira reunião com integrantes da CPI na Câmara. Do lado da Polícia Federal, os parlamentares já contam com a ajuda do delegado Luiz Carlos Zubcov, da Interpol.
"Nesse submundo do futebol, o mesmo doleiro que trata com negócios de futebol pode atuar com relação à droga. Um traficante também pode atuar com relação à evasão de divisas de futebol ou coisa parecida", disse o presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PC do B - SP).
Grande parte das operações investigadas pela CPI da Câmara giram em torno de negócios envolvendo a CBF e a Traffic, empresa que intermediou o contrato com a Nike.