Rio - O vice-presidente de futebol do Inter-RS,
Márcio Abreu, disse nesta sexta-feira que o clube não entrará em leilão para
adquirir nenhum reforço para a temporada 2001. Ele se referiu ao anúncio do
interesse do Botafogo pelo atacante Lê, do Flamengo, depois que o clube
gaúcho manifestou intenção em contratar o jogador.
O Inter-RS chegou a fazer uma proposta no valor de US$ 70 mil (R$
140 mil) pelo empréstimo do atleta, oferecendo um salário de R$ 22 mil
mensais, que foi prontamente negada pelo clube carioca. Márcio afirmou que
tentará reforçar a equipe, mas sem estourar o orçamento. Como exemplo, ele
utilizou a situação do Grêmio e aproveitou para alfinetar o rival, que
gastou quase R$ 30 milhões em contratações e foi eliminado pelo São Caetano
nas semifinais.
”Como se viu nesta Copa João Havelange, contratações milionárias
não garantem títulos”, disse.
O coordenador técnico João Paulo Medina está em São Paulo sondando
alguns jogadores e mantendo contato com empresários para tentar reforçar o
time. Ele não quis adiantar nenhum nome para respeitar a política de
silêncio da diretoria do clube gaúcho.
”O Inter não anunciará os nomes dos jogadores que estão sendo
sondandos para que não se desperte o interesse de outros clubes, o que iria
inflacionar o preço dos atletas”, explicou Medina.
Enquanto novos nomes não surgem, a diretoria vai tentando manter
alguns jogadores que participaram da campanha da Copa João Havelange. O
goleiro Hiran teve seu passe comprado por R$ 800 mil junto à Matonense. Como
já tinha pago R$ 150 mil pelo empréstimo, faltam apenas R$ 650 mil para
quitar o negócio. Aos 29 anos, o goleiro reconheceu que vive o melhor
momento de sua carreira e agradeceu o reconhecimento da diretoria pelo seu
trabalho.
”Tive boas atuações no Inter e a diretoria soube reconhecer isso.
Esta é a melhor experiência da mina vida e prova que fui importante para o
time”, afirmou Hiran, que já teve passagens pelo Guarani e Atlético-MG.