São Paulo — Da várzea à final da Copa João Havelange, a partir da próxima quarta-feira, contra o Vasco, no Parque Antártica. E com presença garantida na !Taça Libertadores! de 2001. Tudo isso num espaço de tempo tão curto — tem apenas 11 anos de história — que o clube sequer possui torcida própria. Toma emprestado admiradores dos times considerados grandes, como Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, todos eles abatidos ao longo do torneio nacional, enquanto a equipe azul turquesa deslanchava em ascensão surpreendente.
O fenômeno atende por Associação Desportiva São Caetano, carinhosamente apelidado de Azulão. Trata-se de um time cativante, que ressuscita aquilo que o futebol brasileiro sempre teve de melhor: joga para frente, bonito, faz muitos gols e não possui estrelas milionárias em seu elenco. Mas engana-se quem supõe algum amadorismo na onda azul.
O Azulão e a prefeitura de São Caetano do Sul, no ABC paulista, vivem em perfeita simbiose. O atual prefeito, Luiz Olinto Tortorello (PTB), fundou o clube em 1989, data que coincide com o primeiro de seus três mandatos na cidade. Ainda hoje é presidente de honra do São Caetano. O presidente de fato, Nairo Ferreira de Souza, é um homem do prefeito. Ocupa as diretorias municipais de Vigilância Sanitária e do Departamento de Planejamento.
Tortorello se notabilizou pelo incentivo ao esporte em seus mandatos. Investe R$ 1,7 milhão por ano em instalações, materiais e funcionários, que dão apoio a 28 modalidades esportivas. Como resultado, a cidade acumula 21 medalhas nas três últimas olimpíadas.