Porto Alegre - A julgar pelas palavras do vice-presidente de marketing do Internacional, Fábio Bernardi, o clube tem boas perspectivas financeiras em 2001. O dirigente acredita que a partir de março, o mercado de parceiras deverá se abrir, proporcionando possibilidades claras de assinaturas de contratos entre empresas e clubes de futebol.
O presidente do clube, Fernando Miranda, afirmou que quaisquer negociações com empresas serão encaminhadas de forma absolutamente sigilosa. O Inter, de acordo com Miranda, está vivendo por meio do adiantamento de dinheiro, o que segundo ele não difere tanto de uma sociedade com um capital privado:
”Fazemos a antecipação de receitas em pequenas escalas, enquanto uma parceria fornece uma antecipação de receita em alta escala. Não há tanta diferença assim entre as duas fórmulas.”
Sem dinheiro em caixa, o Colorado resolveu vender o zagueiro Lúcio para conseguir recursos imediatos. O clube negociou o passe do jogador com o Bayer Leverkusen, da Alemanha, por US$ 8,3 milhões — o Inter embolsou a metade do valor, já que 50% do passe do atleta pertencia ao empresário Valdir Silveira.
Muitos torcedores chiaram, reclamando que o Inter vendera o zagueiro por um preço muito baixo, aceitando a primeira proposta oferecida por um comprador.
”O Lúcio não foi rifado. O vendemos por um valor de mercado”, defendeu Bernardi.
Um dos principais líderes da oposição, Fernando Carvalho, lamentou a saída do zagueiro do Beira-Rio, porém acabou resignando-se:
”No atual momento financeiro do clube, não havia outra saída a não ser vender o Lúcio.”
O contrato com a empresa automobilística patrocinadora das camisetas do Inter terminará no dia 31 de dezembro. Conforme Miranda, o Colorado ainda não acertou um novo patrocinador.