Porto Alegre - Fases iniciais de campeonatos geralmente são entediantes. Não é o caso do Gauchão deste ano, que começa no dia 6 de janeiro. A luta entre os 13 times do Interior que buscam uma das quatro vagas ao octogonal promete ser épica. Tudo porque as equipes vão lutar mais pela sobrevivência do que pela chance de jogar contra a dupla Gre-Nal e a dupla Ca-Ju, que só entram na competição em março.

Quem ficar de fora, cruzará os braços por quatro meses. Sem rendas, sem jogos, sem competição. A RBS TV e a TVCOM transmitirão jogos da primeira fase do campeonato.

O regulamento do Gauchão não vai permitir jogos sem graça, sem motivação. Cada partida será fundamental para garantir trabalho no restante do semestre. O jogo inaugural será em Rio Grande, entre São Paulo e Novo Hamburgo, no dia 6 de janeiro. O restante da primeira rodada acontecerá no domingo, dia 7. A fórmula é simples: cada clube jogará 12 partidas, seis em casa e seis fora. Os quatro melhores passam para o octogonal com Grêmio, Inter, Juventude e Caxias. Os campeões do primeiro e do segundo turno do octogonal decidem o campeonato em três partidas.

"Tenho convicção de que vamos bater o recorde de público neste ano. Não haverá jogo sem importância", afirmou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Emídio Perondi.

Até bem pouco tempo atrás, os clubes do Interior lutavam pelo terceiro lugar, no máximo. Hoje, já superam Grêmio e Inter e são campeões. O Juventude levantou a taça em 1998, e o Caxias, no ano passado. O próprio Caxias, atual campeão, disputou a fase seletiva na última temporada. Por isso, cresce ainda mais o interesse nesta fase do Gauchão, que reunirá clubes tradicionais como o Pelotas, o São Luiz e o Santa Cruz. A principal novidade é a volta do Novo Hamburgo entre os melhores do Estado.

O Veranópolis foi um dos que mais se reforçou, trazendo jogadores como o goleiro Caetano (ex-Vasco), o zagueiro Grotto (ex-Grêmio) e o meia Luiz Henrique (ex-Fluminense). Tudo para ficar entre os quatro melhores. Caso contrário, restará a angústia de passar quatro meses sem atividade.

Zero Hora