Londres - A Michelin, que retorna à Fórmula 1 na temporada de 2001 depois de deixar o esporte em 1984, não está esperando um sucesso imediato, de acordo com o chefe de esportes motorizados da fabricante de pneus francesa.
``Se fossem pneus completamente lisos, seríamos bastante competitivos. Mas, com pneus com ranhuras, temos que aprender'', disse o diretor de competições da Michelin, Pierre Dupasquier, à revista britânica Motoring News. ``É algo 100 por cento novo para nós e, como os testes são bastante limitados, isso torna a curva de aprendizagem maior.''
``Portanto, não esperamos nada muito bom em 2001. Faremos nossa primeira viagem pelo circuito e, se fizermos algo bom neste ano, vai provar que ou somos muito bons ou que nosso concorrente é muito ruim'', completou.
Entretanto, Dupasquier disse esperar que as equipes que vão usar os pneus Michelin atrapalhem, em algum momento no futuro, a dominação de McLaren e Ferrari, que usarão pneus da japonesa Bridgestone.
``A história prova que não se permanece no topo para sempre, portanto esperamos que McLaren ou Ferrari, ou as duas, errem. Se isso vai acontecer neste ano ou em 2002, não sabemos. Mas acontecerá e nossos parceiros estão bastante determinados'', ele disse.
A Michelin vai fornecer pneus para a Williams, Jaguar, Benetton e Prost em 2001, e para a Toyota quando a equipe estrear em 2002.
Desde que a Michelin deixou a Fórmula 1 as regras para pneus mudaram -- os pneus completamente lisos foram substituídos pelos com ranhuras -- e novos grandes prêmios entraram para o calendário, como o da Malásia.
Depois que a Goodyear deixou a Fórmula 1, a Bridgestone manteve o monopólio nas últimas duas temporadas, mas o retorno da Michelin reacendeu a ``guerra dos pneus''.