Rio - A revista inglesa "Autosport", uma das principais publicações especializadas sobre automobilismo do mundo, publicou uma matéria em sua primeira edição deste ano afirmando que aumentam a cada dia as pressões para que o cigarro deixe de fazer parte da Fórmula 1 o quanto antes.
A saída das propagandas de tabaco da categoria está marcada para 2006, mas a União Européia e vários países europeus, individualmente, reforçaram nos últimos meses as restrições ao cigarro.
A estimativa é de que as indústrias do ramo paguem cerca de US$ 300 milhões por ano para exibir os logotipos de seus produtos nos carros de cinco equipes: Ferrari (Marlboro), McLaren (West), Benetton (Mild Seven), BAR (Luckie Strike) e Jordan (Benson & Hedges).
David Byrne, chefe da Comissão de Saúde da União Européia, afirmou à "Autosport" que em poucas semanas estará em vigor uma nova legislação de propaganda e patrocínio referente às marcas de cigarros.
O maior problema para as indústrias, no entanto, é mesmo o cerco que vem sendo feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade vai realizar em breve uma Convenção Mundial sobre o Controle de Tabaco, que pode determinar a assinatura de um pacto mundial para o banimento das propagandas de cigarro em todo o mundo, que entraria em vigor daqui a três anos.
Atualmente, apenas os GPs da Inglaterra, em Silverstone, e da França, em Magny-Cours, são disputados sem a presença das propagandas de cigarro. No entanto, várias corridas estão sob ameaça em razão da restrição à publicidade de tabaco, como os GPs da Bélgica, da Hungria e do Brasil.