Belo Horizonte - Seis dos 25 jogadores à disposição do técnico Darío Pereyra, em Atibaia, têm motivos de sobra para estar com a ansiedade em alta a uma semana da estréia do Torneio Rio-São Paulo. Contratados às pressas no semestre passado, com as competições em andamento, Rogério, Djair, Scheidt, André Luís, Pereira e Avalos chegaram ao fim da temporada 2000 sem justificar o investimento. Nessas circunstâncias, a partida da próxima quarta-feira contra o Botafogo, no Rio, é encarada pelo grupo como um autêntico baile de debutantes no Corinthians.
”Vai ser a minha verdadeira estréia. Ainda não mostrei o meu valor no Corinthians”, reconhece o volante Rogério, que jogou dez partidas em quatro meses de Timão.
As palavras sinceras de Rogério ganham eco nos outros "caçulas" do elenco corintiano.
”Precisamos mostrar para a torcida que temos qualidade e futebol para estar no Corinthians. É como se estivéssemos começando do zero agora”, avalia o também volante Pereira, cinco partidas.
”É como se fôssemos começar a jogar pelo Corinthians, fazer a nossa estréia de verdade”, afirma Djair, que disputa posição com Rogério e Pereira no meio-de-campo.
As aquisições apressadas do semestre passado custaram aos cofres do Timão R$ 12 milhões, número relativo não só à contratação dos seis "debutantes" de 2001, mas também a Müller e Assis, atletas dispensados pelo clube ainda no ano passado.
”Não sei se estamos em débito porque o Corinthians está até no lucro com a torcida por tudo que conquistou recentemente, antes da gente chegar”, acredita o lateral-esquerdo André Luís, o único do grupo que conseguiu marcar gol.
”No ano passado, não podíamos ser cobrados. Agora sim pode existir uma cobrança maior em cima desse grupo, por uma resposta melhor. “
O vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, tem leitura singular da situação.
”Temos no elenco seis jogadores que praticamente não atuaram. Eles mesmo falam isso. Posso dizer então que o Corinthians saiu na frente dos outros clubes nos reforços.