Bogotá - A Federação de Futebol da Colômbia (FCF) e dirigentes de outras associações de países sul-americanos descartaram nesta quarta-feira, em Bogotá, que a violência do conflito armado colombiano possa afetar a realização da Copa América, em julho deste ano.
O presidente da FCF, Álvaro Fina, disse à imprensa que o assunto da segurança "não foi sequer tocado" no Comitê executivo da Confederação Sul-americana de Futebol (CSF), que se reuniu ontem em Bogotá como uma prévia aos sorteios dos grupos e calendários da competição.
Fina acrescentou que os presidentes das federações se comprometeram, inclusive, a participar com seus melhores jogadores e enfatizou que a Copa América "será um motivo de paz e união para os colombianos, assim como uma oportunidade memorável para mostrar ao mundo a cara amável do país".
O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, disse que "a insegurança não é um problema exclusivo da Colômbia" e lembrou que, em outras ocasiões, grandes eventos esportivos foram realizados em países em conflito.
Este torneio será realizado de 11 a 29 de julho com a participação do Brasil, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O presidente colombiano, Andrés Pastrana, reiterou nesta quarta-feira seu apoio ao torneio e anunciou que este será um "cenário de paz".
Pastrana garantiu a plena segurança na Copa América, em resposta aos temores dos outros países, que vêem com receio os atos de violência dos guerrilheiros esquerdistas, dos paramilitares de extrema direita e dos narcotraficantes.