Rio - O fracasso da "Operação Cris", como vem sendo chamada a frustrada tentativa do Barcelona de contratar o zagueiro cruzeirense, pode ter instaurado no clube catalão a primeira crise desde que Joan Gaspart foi eleito presidente. Segundo o jornal espanhol Marca, o episódio expôs a total desorganização que existe no clube quando se trata de contratações e transferências de jogadores.
De acordo com o diário, as críticas concentram-se, principalmente, em três personagens: o vice-presidente Angel Fernandez, o presidente Joan Gaspart e o técnico Serra Ferrer. Fernandez teria aproveitado as férias de Gaspart para assumir as negociações e se autopromover, além de ter interesses econômicos próprios na operação. O presidente, por sua vez, é acusado de passividade e incoerência. Primeiro, Gaspart declarou que defendia a contratação de Cris independentemente das preferências do treinador. Depois, passou a afirmar o contrário, para prestigiar Ferrer. Já o técnico é criticado por não admitir que não existem muitas opções para a posição de zagueiro central no mercado. Além disso, a comunicação entre Ferrer e a direção do Real é classificada de ineficiente.
A reportagem publicada pelo Marca ainda diz que a grande preocupação do presidente do Barcelona tem sido agradar a todos dentro do clube, o que não vem conseguindo fazer. Agora, toda a responsabilidade pelo fiasco no andamento do "caso Cris", cairá sobre o técnico Ferrer, que será o provável culpado por possíveis maus resultados da equipe.
Consciente da situação, o marroquino tem o apoio de seus jogadores, que se sentiram prestigiados com a resistência do treinador em contratar reforços.