Rio - O ano passado não foi dos melhores para Paulo César, Yan e Fernando Diniz. No entanto, o novo milênio começou com grandes perspectivas para os três: atualmente eles são peças fundamentais no esquema 3-2-3-2 do técnico Valdyr Espinosa, sendo os principais armadores da equipe tricolor.
Do trio, Paulo César é o que vive situação mais curiosa: devido a problemas na renovação de seu contrato, o lateral quase foi excluído do grupo. Com tudo resolvido, foi confirmado como titular e jogou muito bem nas dois primeiras partidas do ano, marcando inclusive, um dos gols da vitória sobre o América. Versátil, é um dos curingas de Espinosa.
“Fico satisfeito por ser a primeira opção do treinador para ajudar em qualquer posição. Este voto de confiança é sempre importante”, disse Paulo César, acrescentando. “Tudo de ruim que já passei no Fluminense ficou para trás. Hoje somos respeitados e temidos”.
Lateral-direito de origem, o jogador, que já atuou na esquerda, se diz adaptado à nova função, novamente pelo lado direito. “Não mudou muito. Estou jogando pelo meio, mas continuo tendo que marcar o lateral-esquerdo adversário. As jogadas de ataque posso fazer tanto pelo meio como pela lateral. Ainda cumpro as funções de um lateral e o que mudou é que eu tenho que atacar mais do que defender”, analisou.
Se Paulo César está em alta, Yan não foi bem contra o América, sendo vaiado pela torcida em alguns instantes. Mas o apoiador acredita que amanhã, contra o São Paulo, pelo Rio-São Paulo, será diferente. “Contra o América, não consegui repetir a boa atuação que tivera no jogo com o Palmeiras por causa do calor. Não estava conseguindo acompanhar o ritmo do jogo. Fiquei muito tempo sem jogar e ainda estou recuperando a forma. Por isso, não consegui me movimentar como Espinosa queria. Mas, contra o São Paulo, vou me recuperar e voltar a jogar como na estréia do Fluminense no Rio-São Paulo.”
Outro que não foi muito bem contra o América foi Fernando Diniz. O próprio Espinosa, antes da entrada de Roni, comentava sobre a colocação do jogador, que, segundo o treinador, estava muito fixo na esquerda. Mas Diniz promete não repetir os erros. “Roni entrou e me avisou para corrigir isso. Caio mais pela esquerda porque sempre joguei por ali, mas gosto de liberdade e, no próximo jogo, vou me movimentar mais”, comentou Diniz, lembrando que foi bem na parte defensiva.
“Tenho mais características de marcação que Asprilla, então acabo voltando mais. Marco os laterais e os cabeças-de-área adversários”.
O técnico Valdyr Espinosa está contente com o rendimento do trio e deve mantê-lo para a partida de amanhã, contra o São Paulo, que será disputado no Caio Martins. Entre os armadores, Paulo César foi o mais elogiado pelo treinador.
“Ele tem muita força, é veloz e isso deve ser explorado. Ele tem liberdade justamente por isso”, disse.