Rio - Se o novo ataque alvinegro mostrar dentro de campo o entrosamento e a alegria que mostrou fora dele, após o treinamento de terça, no Caio Martins, o Botafogo ficará bem perto de alcançar quinta-feira, contra o Santos, na Vila Belmiro, sua primeira vitória na temporada. De ótimo humor, o Pantera Donizete batizou seu companheiro Felipe de Tigrão, numa menção à Melô do Tigrão, funk do momento na cidade, e decretou: o ataque felino fará sucesso.
“Vejam só os cabelos louros dele! É o Tigrão do Fogão! Este garoto vai dar muitas alegrias à torcida do Botafogo, podem escrever”, afirmou Pantera, cantando rapidamente o refrão do funk:
“Quer dançar, quer dançar, Felipão vai te ensinar”, gritou, às gargalhadas.
Apesar do jeitão extremamente tímido, Felipe não se fez de rogado e entrou na brincadeira. “Somos felinos, mas a conta bancária dele é bem diferente da minha”, disse. “Ele é mais velho, tenho de respeitá-lo. Como Felipe ou tigrão, vou fazer de tudo para ajudar o Botafogo a vencer”, completou.
Apesar da alegria, a dupla sabe que a pressão por uma boa atuação, de preferência com a primeira vitória na temporada, será enorme. “O Botafogo é uma equipe grande e sempre haverá muita pressão. Temos de assumir a responsabilidade, sem abaixar a cabeça. Quero ajudar e por isso não vou me limitar a uma função. Vou me movimentar bastante para abrir espaços para os meias que vem de trás”, afirmou Felipe, que há um ano e meio não começa jogando uma partida oficial.
O discurso de Felipe, no entanto, não encontra coro em Donizete. O atacante até admite ser pressionado, mas desde que as bolas cheguem em condições para o ataque. “Pressão sempre tem de existir, mas ela precisa ser feita com critério. Assisti às partidas do Botafogo e não vi um atacante na frente do gol. O Fluminense, por exemplo, deixou Roni umas quatro vezes cara a cara com o goleiro do América. A responsabilidade de atacar, assim como de marcar, é de toda a equipe. Todos têm de ajudar”, afirmou Donizete.
Apesar de não terem feito muitos treinamentos juntos, os dois estão confiantes numa boa apresentação. “Não estamos totalmente engrenados, mas não queremos perder. Vamos superar as dificuldades na garra”, disse Donizete.