Rio - A situação do goleiro Carlos Germano com o
Santos está longe de uma definição. O procurador do jogador, Augusto Castro,
esteve na tarde desta quarta-feira em contado com o presidente do clube
paulista, Marcelo Teixeira, discutindo a possibilidade de dispensa ou não de
Germano.
“Não houve evolução. Estamos negociando em cima do que o Germano
tem para receber do Santos, e enquanto isso não se resolver fica complicado
chegarmos a um denominador comum”, disse Castro.
Segundo ele, existem algumas possibilidades concretas, sendo a
primeira delas a permanência do goleiro - que acontecerá caso se acertem as
dívidas passadas e que a postura com ele no clube seja modificada.
Atualmente, o goleiro titular do Santos é Fábio Costa, ex-Vitória.
“Circularam notícias de que Carlos Germano poderia entrar num
rodízio com os demais goleiros do clube. Ele tem um currículo que poucos
possuem no Santos. É o único a ter vestido a camisa da Seleção numa Copa do
Mundo e isto precisa ser respeitado. No entanto, este papo de rodízio só
apareceu quando a notícia do impasse veio à tona. Por isto, eu e Germano
acreditamos que ele possa ficar no clube, até por ter contrato por mais dois
anos com o Santos”, acrescentou o procurador.
Outra possibilidade é a de um empréstimo para algum clube até o fim
do ano com o acerto da dívida, mas há ainda a mais drástica, de saída com
negociação de rescisão do contrato.
“Até dezembro de 2002 ele tem compromisso. O Santos terá que
ajustar o pagamento de uma rescisão com ele por este período a mais de
contrato. A Portuguesa e a Federação Paulista estão ajudando na proposta e
se o Santos pagar uma rescisão compatível com aquilo que representa Carlos
Germano, ele pode ir para o Canindé”, ressaltou.
Augustto desmentiu que o salário de Germano seja alto no Santos,
deixando claro que outros recebem valores superiores. O procurador observou
ainda ser contra a redução de salário, e lembrou que quando o jogador
assinou por três anos, ele havia proposto duração de apenas um, mas esta
teria sido a fórmula para que o Santos desse ao goleiro um adiantamento
capaz de ajudá-lo a comprar o passe junto ao Vasco por US$ 900 mil - cerca
de R$ 1,7 milhões.
“Nessa transação Germano demonstrou interesse em ficar e até perdeu
dinheiro, como vai perder de novo se for para outro clube, já que o contrato
de 2003 vai para o espaço”, concluiu.
Uma nova reunião deve acontecer até a próxima segunda-feira.
Enquanto isso, Germano não vai para a Portuguesa e não ouvirá demais
propostas.