São Paulo - Após a vitória de 4 a 2 sobre o Palmeiras e da boa atuação da equipe, o clima nos vestiários da Portuguesa não era de euforia.
Em vez de gargalhadas e exibições de autoconfiança, os jogadores da Lusa esboçavam sorrisos tímidos – e a consciência de que ainda terão de jogar muito futebol para despontar como um dos clubes favoritos ao título do Campeonato Paulista.
Segundo o técnico Renê Simões, a Lusa apresentou algumas falhas apesar de ter obtido um excelente resultado. “A Portuguesa teve muita sorte. Achei o grupo um pouco receoso no início da partida. O Palmeiras começou mais aceso e, quando eles estavam melhores, marcamos os gols. Foi assim no primeiro e no segundo gol. Mas, além da sorte, tivemos uma boa dose de competência coletiva”, disse Renê.
O treinador, que derrotou o Palmeiras pela primeira vez em sua carreira como técnico, também fez questão de lembrar as campanhas da Lusa no passado para acalmar o ânimo dos jogadores. “Teve um ano que a Portuguesa venceu seus quatro primeiros jogos do Campeonato Paulista e terminou em uma colocação ruim. Não podemos nos empolgar”, alertou.
O centroavante Cléber, um dos melhores jogadores do ataque luso, concorda com o discurso cauteloso do técnico, mas fez questão de ressaltar a importância de uma vitória diante do Palmeiras. “Vencer um clássico é sempre bom. Isso vai nos motivar ainda mais a continuar trabalhando firme aqui na Portuguesa. Nosso objetivo é o título, mas ainda temos que mostrar uma regularidade em todos os jogos. O Paulistão não é fácil e temos que estar atentos”, disse.
O técnico Renê Simões exaltou a atuação do atacante Lúcio, que marcou dois gols na partida e é um dos principais artilheiros do Paulistão, com três gols. “O Lúcio é um craque. O único problema dele é que de dez bolas que chutava fazia apenas dois gols. Fizemos um trabalho técnico e psicológico com ele e o resultado está aparecendo. Na minha opinião, o Lúcio foi o nome do jogo”, elogiou Renê Simões.