Rio - A péssima campanha do Equador no hexagonal final do Sul-Americano Sub-20, em que ocupa a lanterna com apenas um ponto, está causando a ira dos torcedores do país. Alguns chegam a exagerar e a provável ausência da equipe no Mundial da categoria, entre 17 de junho e 8 de julho na Argentina, fez o técnico Fabián Burbano ser alvo de ameaças de morte.
A denúncia foi feita pelo meia da seleção equatoriana Sub-20 Líder Mejía, que afirmou também que os jogadores estão sob forte pressão.
"Burbano já recebeu ameaças de morte por meio de telefone. Em cada partida há cerca de 40 pessoas gritando de tudo e temos de sair escoltados dos estádios. Isto não nos dá tranqüilidade", disse o meia.
A seleção equatoriana dificilmente conseguirá se recuperar na competição. Nesta quarta-feira, a equipe enfrenta o Chile, que tem quatro pontos, enquanto no domingo o adversário será o Brasil, que lidera com nove. Os próprios jogadores parecem abatidos com os incidentes. "Nos dói muito. Estamos desanimados, mas tentaremos melhorar", afirmou Mejía.
Para garantir uma das quatro vagas no Mundial – a Argentina já está classificada por ser o país-sede –, o Equador precisará vencer seus dois compromissos e ainda torcer por tropeços de Colômbia, Chile e Paraguai.
A pressão da torcida causou a demissão do técnico José María Andrade, que entregou o cargo logo após a partida de estréia na competição contra a Venezuela, abrindo caminho para Burbano assumir. O mesmo aconteceu em relação aos dirigentes do Comitê Organizador, Iván Romero e Patricio Torres, que também foram alvo de ameaças e renunciaram.