Rio - Os preparativos para o confronto entre Brasil e Marrocos pela primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis serão intensificados a partir deste domingo, quando finalmente toda a equipe brasileira estará reunida no Rio de Janeiro. Mesmo sendo os donos da casa, foram os marroquinos os primeiros a usar as instalações do Clube Marapendi, na Barra da Tijuca, onde serão disputados os jogos de 9 a 11 de fevereiro.
Os africanos se adiantaram, preocupados com a adaptação ao clima, e chegaram uma semana antes ao Rio. É a segunda vez que o clube carioca realiza a Davis. No ano passado, eles receberam os jogos da segunda rodada da Davis, entre Brasil e Eslováquia.
Fisicamente os tenistas brasileiros estão bem preparados. O problema é que é início de temporada, e pode faltar ao time nacional ritmo de jogo. Provavelmente será nesse ponto que o técnico e capitão Ricardo Acioly, que fez aniverário no sábado (36 anos) e os auxiliares técnicos Larri Passos e João Zwetsch vão se deter durante a semana que começa.
Guga, por exemplo, só jogou duas partidas este ano. Fernando Meligeni, o número 2 do Brasil, nem isso. Fininho não quis tentar a sorte na Austrália e ficou se preparando para o torneio o Torneio de Bogotá, realizado na semana passada, mas perdeu na primeira rodada.
A equipe brasileira terá de novo o trio Guga Kuerten, Fernando Meligeni e Jaime Oncins. Dessa vez, o reserva do time, é o paulista Alexandre Simoni , que vem em grande fase. Também foram convocados para os treinos dessa semana Bruno Soares, Daniel Melo e Flávio Saretta.
Apesar do ligeiro favoritismo brasileiro, ninguém espera moleza na disputa contra Marrocos, que tem na equipe Younes El Aynaoui (49º), Hicham Arazi (43º), Karin Alami (63º) e Mounir El Aarej (341º). O time não disputou o grupo Mundial no ano passado, mas chegou à fase principal, este ano , pelas vitórias no Zonal Africano.
O tenista Karim Alami, que é casado com uma brasileira, tem sido o intérprete do grupo, pois fala português fluentemente. “Os marroquinos estão conscientes de que enfrentarão uma equipe forte, mas não temem o desafio”, disse ele. Alami acredita que dentro de quadra tudo é possível, e relembrou a vitória que obteve em cima de Guga em 1995. Nessa época, no entanto, Guga estava em seu primeiro ano como profissional.
Talvez a maior disparidade entre a equipe brasileira e marroquina seja em relação às condições financeiras. Os marroquinos ficaram espantados com o valor dos ingressos cobrados para a disputa.