Porto Alegre - O técnico Zé Mário mantém o mistério
sobre quem escalará no meio-campo do Internacional, contra o Joinville
amanhã no Beira-Rio - Fábio Rochemback, destaque da seleção sub-20 campeã
sul-americana, ou Marcelo Santos, lateral-esquerdo improvisado no setor.
Depois de uma semana de folga, Rochemback se reapresentou segunda-feira e se
submeteu a testes físicos. Segundo o preparador físico Eduardo Silva, o
jogador tem quase a mesma condição exibida durante a Copa João Havelange. O
nível de ácido lático no sangue é 4,4, muito perto do ideal, que é de 4,0. “ O problema é que, mais tarde, ele pode estourar. Precisamos pensar a longo
prazo. Talvez o melhor seja poupar o jogador agora”, ponderou Silva.
Rochemback acha que tem condições, mas não se arrisca a pedir para entrar. “Estou louco para jogar, mas quem decide é o técnico”, acautelou-se.
Sempre preocupado com a cabeça dos mais jovens - e também em manter um jogo
de esconde-esconde com os repórteres setoristas -, Zé Mário disse que não há
pressa em reaproveitar o jogador, e que vai levar em conta o que é melhor
para o Inter.
A verdade é que, sem chances de se classificar para a próxima fase da Copa
Sul-Minas, o Colorado trata agora de estruturar o time para o Gauchão e a
Copa do Brasil, a partir de março. Sexta e domingo, o time disputará um
torneio no Chile.
O vice presidente jurídico do Internacional, Sérgio Junchen, ainda tem
esperança de reverter a decisão do STJD, que puniu o clube com a perda de 10
pontos na Copa Sul-Minas por ter utilizado o atacante Luiz Cláudio contra o
Cruzeiro e o Joinville. Em campo, nessa competição, o Colorado havia
conseguido quatro pontos - um empate e uma vitória.
Segundo Junchen, o Inter pedirá à CBF uma certidão com o teor do
pronunciamento do presidente da comissão disciplinar que julgou o caso na
noite de segunda-feira, Vanderlei Rebello. A votação terminou empatada em
dois a dois, mas o voto de Rebello, por ser qualificado, valeu para
desempatar a questão.Ele votou contra o Inter.
“No nosso entender, o empate na votação deve beneficiar o denunciado, que é
o Inter”, declarou Junchen. “Pelo artigo 107 do CBDF, o voto do presidente
serve para desempatar, sim, mas não em questões disciplinares, que era o que
estava em julgamento.”