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Brasileiro só dá 20 voltas em Silverstone
Quinta-feira, 22 Fevereiro de 2001, 15h07

São Paulo – Chamado às pressas para testar um dos carros da Jordan no circuito britânico de Silverstone, o brasileiro Mario Haberfeld pouco conseguiu andar nesta quinta-feira em sua segunda experiência na F-1. Ao lado do italiano Jarno Trulli, ele fez os últimos ajustes no carro antes do envio do equipamento para a disputa do primeiro GP da temporada, em março, na Austrália.

Haberfeld, que já havia realizado testes na então equipe Stewart (hoje Jaguar) e McLaren, disse ter recebido elogios dos integrantes da equipe britânica. "Eles gostaram das informações que passei para eles e acharam que, mesmo andando com tanque cheio e pneus duros, meu tempo foi bom. E os japoneses também vieram dizer que meu comportamento foi perfeito, porque não tentei impressionar ninguém forçando o carro para fazer voltas mais rápidas", disse. Ele cravou 1min38s9 em sua melhor volta contra 1min34s de Heinz-Harald Frentzen na marca mais rápida obtida nos testes.

O engenheiro David Brown foi o responsável por orientar o piloto brasileiro. "Ele me pediu para verificar se todos os sistemas estavam funcionando e para não assumir riscos desnecessários, e foi isso que fiz. Não dá para acelerar tudo quando se sabe que o carro vai ser embarcado para a Austrália no dia seguinte, mas mesmo assim foi muito bom. Dei 20 voltas, mas esse número inclui as voltas de saída e entrada nos boxes. Não senti o mesmo impacto das outras vezes porque já sabia como um F-1 reage, mas a sensação é sempre boa. Não tive dificuldades para me adaptar ao carro, apesar de ter estranhado a freada com o pé esquerdo nas voltas iniciais, já que eu não fazia isso desde 1993, meu último ano no kart".

O piloto evitou comparações com os outros carros de F-1 que testou. "O Stewart daquele ano não era um bom carro, e o McLaren que guiei era um chassi 99 com peças do 2.000, um misto que só serve para avaliar o funcionamento dos novos componentes", disse. Mas aprovou o nomo modelo da Jordan. "O carro é bem equilibrado e o motor Honda é muito forte. Se tiver resistência, a Jordan deve brigar pelo terceiro lugar entre as equipes."

Redação Terra


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