Rio - A CPI do Senado, que investiga supostas
irregularidades no futebol brasileiro, promoveu nesta quinta-feira uma
audiência pública para discutir a Lei do Passe, que começa a vigorar a
partir do fim de março. Além dos membros da Comissão, participaram do debate
o advogado João Bosco Luz de Moraes, representante do Clube dos 13, o
advogado Marcílio Krieger, especialista em Direito esportivo, e o ex-jogador
Sócrates.
Como já era esperado, Moraes adotou uma postura contrária ao fim da
Lei do Passe, assumindo uma posição diferenciada dos outros dois convidados.
O representante do Clube dos 13 defendeu a prorrogação do prazo para o
término da Lei do Passe e lembrou que os clubes precisam ter os seus
direitos resguardados.
“Os clubes são os responsáveis pelo surgimento de grandes jogadores
e precisam ter os seus direitos resguardados. Os clubes e jogadores não
estão preparados para esta nova legislação”, afirmou Moraes.
Para proteger os clubes, Moraes sugeriu que fossem proibidas a
transferência de atletas com menos de 20 anos e o recebimento, por parte dos
clubes, de uma indenização caso um jogador com menos de 23 anos deixe o
elenco. O representante do Clube dos 13 defendeu também que cada jogador só
possa assinar um contrato por ano e que a atuação dos procuradores seja mais
controlada.