Buenos Aires - A justiça argentina processou por "contrabando agravado" o empresário Mauricio Macri, presidente do clube Boca Juniors, na investigação de supostas manobras da empresa automobilística Sevel, integrante do grupo Socma, que pertence à família Macri, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
O juiz da instância econômica Carlos Liporace determinou na quinta o processamento de Macri por ganhos indevidos em exportações e importações de autopeças para o Uruguai, em 1993. O magistrado embargou-lhe bens no valor de US$ 4,9 milhões, segundo fontes judiciais.
As peças eram enviadas ao Uruguai, montadas ali e depois importadas para a Argentina em forma de automóveis prontos.
Desse modo, segundo a justiça, Sevel ganhava reembolsos por exportações e realizava as importações com uma taxa diferencial de 2%.
Um cálculo aproximado realizado pelos investigadores concluiu que o montante do recebido se eleva a cerca de US$ 7 milhões.
Francisco Macri, presidente da Socma e pai de Maurício, já está processado no mesmo caso, que pode terminar em um julgamento oral e público.
Mauricio Macri, que dias atrás declarou que pretende dedicar-se à política (presumivelmente para disputar a prefeitura da capital argentina), pode perder a presidência do Boca Juniors, pois o estatuto do clube prevê que deve deixá-la se for condenado.