Rio - A eliminação para o Atlético Mineiro na Copa Sul-Minas e o fraco desempenho técnico nas últimas partidas do Campeonato Paranaense, apesar da vice-liderança, acenderam a luz de alerta no Furacão. O treinador Paulo Cezar Carpegiani está preocupado com o enfraquecimento da equipe. “A diretoria está consciente de que precisamos qualificar o elenco. A partir do momento em que essa cultura de qualificação fizer parte do clube, o trabalho vai ganhar outra dinâmica”, analisa o técnico.
Na semana que passou, o Atlético perdeu o meia Kelly, principal articulador de jogadas ofensivas e um dos poucos líderes do grupo. Depois de uma renovação de contrato difícil, no início da temporada, Kelly acabou aceitando a proposta financeira do Rubro-Negro. Mas foi por pouco tempo. Os dólares oferecidos pelos japoneses seduziram o meia, que confidenciou aos amigos que era o momento de alçar outros vôos e conquistar a tão sonhada independência financeira.
Kelly foi emprestado para o futebol japonês pelo período de um ano, onde vai atuar no F.C. Tokyo, integrante da primeira divisão da J-League. A negociação vai render aos cofres do Atlético Paranaense nada menos que US$ 1 milhão. O passe do jogador, que pertence 50% ao Atlético e 50% ao Bragantino, está fixado em US$ 3 milhões.
Não bastasse a saída de Kelly, Carpegiani também não está podendo contar com o meia Adriano, que fraturou o dedo mínimo do pé esquerdo no clássico Atletiba. O Gabiru deverá ficar em tratamento por mais três ou quatro semanas. E o zagueiro Gustavo nem sequer estreou. Foi submetido à cirurgia no tornozelo esquerdo no início da temporada e não foi liberado pelos médicos.
Durante esta semana, Carpegiani vai receber dois jogadores para observação: o cabeça-de-área Cristian e o atacante Marcos, ambos do São Paulo de Rio Grande (SP). “São jogadores novos e que vêm para um período de testes. Eles foram bem recomendados, mas não dá para dizer se serão aproveitados. Todo mundo quer jogadores bons e baratos”, diz o treinador.