Belo Horizonte - Às vésperas do clássico contra o Cruzeiro, as polêmicas começam a
surgir. No Atlético, o técnico Abel e o goleiro Velloso acusam a Caldense
de abusar do jogo violento na partida de sábado e suspeitam se essa
postura não teria sido “encomendada" pelos cruzeirenses. Os atleticanos
também não se conformam com o fato de o clássico ser disputado em
Ipatinga.
Agora, tudo o que acontece é automaticamente relacionado ao clássico
desta quarta. Após o jogo de ontem, o técnico do Atlético, Abel Braga,
disse que a Caldense bateu muito. “Bateu foi demais. Foi um jogo muito
violento, muito mais do que deveria ser. Não sei porque essa violência
toda, justamente antes do jogo contra o Cruzeiro. Isso é estranho, parece
até que foi encomendado", afirma Abel.
O goleiro Velloso também estranhou. Para ele, a partida de sábado foi
muito disputada. “Disputada até demais", comenta, com a mão sobre o
ombro esquerdo, machucado logo no início do jogo, em decorrência de
uma pancada dada por um atacante da Caldense.
Para jogadores e técnico, a realização da partida em Ipatinga não
agradou. “Eu achei estranho mesmo, mas isso não é problema nosso. O
Cruzeiro tem o mando de campo, foram eles quem escolheram", admite
Abel.
Guilherme é mais exaltado. “O Mineirão não pode estar fechado. Isso é
um desrespeito, tanto com a torcida do Atlético, quanto com a do
Cruzeiro. Um clássico tem que ser no Mineirão", afirma o atacante, que
não acredita em favoritismo do Atlético.
“Se nos demos bem em outros `mata-matas' anteriores, não vale para
agora. O passado é para ser esquecido. Tanto o Atlético quanto o
Cruzeiro são outros grupos agora. Mas o fato é que o Galo realmente
está numa fase muito boa", comenta Guilherme.