Rio - Em 90, ele era titular absoluto do Vasco quando deixou São Januário. Mais de dez anos depois, ele retorna ao clube e encontra um time bem sucedido, campeão das Copas JH e Mercosul. Portanto, recuperar a mesma posição de destaque que um dia ocupou não será tarefa das mais fáceis para o experiente Mazinho.
Mas, por obra do destino, as portas parecem se abrir para ele antes mesmo do esperado. Mazinho pode ser a grande surpresa do Vasco na estréia da equipe na Libertadores, contra o Deportivo Táchira, marcado para o dia 7. Ele entraria no meio-campo na vaga de Juninho Paulista, que estará servindo a Seleção Brasileira no mesmo dia.
“Estou muito ansioso para voltar a vestir a camisa do Vasco. Tenho treinado forte, me adaptando a um sistema de trabalho que o Bebeto de Oliveira (preparador físico) está fazendo”, disse Mazinho.
O problema é que a documentação de transferência do jogador, que estava no Elche, da segunda divisão espanhola, ainda não chegou à Federação de Futebol do Rio, o que deverá acontecer nos próximos dias.
Pela terceira vez, Mazinho disputará a Libertadores. Em 90, ele defendeu o Vasco, mas nem sequer passou da primeira fase. Em 94, pelo Palmeiras, chegou até as oitavas-de-final. E o jogador tem uma lembrança curiosa da competição:
“Em 90, numa partida contra o Cerro Porteño, jogamos uma bola para fora para que um jogador deles, machucado, pudesse ser atendido. Na volta, ao invés de devolverem a bola, cobraram o lateral para eles e acabaram fazendo o gol. Perdemos o jogo.”
Mazinho garante que joga na posição que Joel Santana ordenar. “Jogo onde ele quiser. Até porque já tive uma briga com Joel aqui no Vasco quando estava começando. Jogava no meio e ele me deslocou para a lateral. Gosto de jogar como primeiro ou segundo homem de meio-campo, mas também tenho características de armar o jogo.”