Salvador - Foi o que poderia ser chamado de um Ba-Vi em miniatura, em comparação com o duelo que costuma mobilizar mais de 50 mil torcedores. Com um público bem abaixo do normal e gols apenas no segundo tempo, o jogo não teve nem a metade da vibração que caracteriza o clássico e terminou sendo o reflexo das campanhas oscilantes que as duas equipes estão mostrando no Campeonato do Nordeste.
Os 12.845 espectadores que pagaram ingresso poderiam ter chegado à Fonte Nova, a partir das 18h, após o intervalo, que não teriam perdido muita coisa. Os grandes clarões nas arquibancadas não deixavam dúvidas de que o confronto foi um dos menos prestigiados nos últimos anos. Em 94, num Ba-Vi válido pelo quarto turno do Campeonato Baiano, realizado às 11h teve a presença de pouco mais de sete mil espectadores. Quatro anos depois, num jogo de abertura da extinta Taça Maria Quitéria, as duas equipes mobilizaram apenas nove mil pagantes.
A partida do domingo não estabeleceu um novo recorde negativo, mas foi acompanhada com uma certa apatia durante a maior parte do tempo. As diferenças já eram notadas bem antes do apito inicial. Se geralmente a entrada dos times no gramado é acompanhada de uma festa estrondosa nas arquibancadas, pipocaram tímidos fogos de artifício e poucos aplausos.
A vontade de protestar superou o fanatismo, principalmente do lado do Bahia. As três principais torcidas organizadas tricolores (Bamor, Fiel e Povão) não levaram suas faixas e nem bandeiras para as arquibancadas. Já os rubro-negros estavam um pouco mais animados, ostentando as flâmulas antes da partida.