Rio - A enorme vantagem do adversário na final do Torneio Rio-São Paulo – o Botafogo tem de vencer o jogo por quatro gols de diferença, nesta quarta-feira, em São Paulo, para levar o troféu – transformou o esquema alvinegro em um enorme quebra-cabeças para Sebastião Lazaroni. Depois de optar por Alexandre Gaúcho no meio-campo em lugar de Souza, o técnico alvinegro agora ensaia repetidamente o posicionamento para dar mais poderio ofensivo à equipe.
Embora esclareça que a equipe não jogará com três atacantes, Lazaroni quer um time ousado em que Alexandre Gaúcho desempenhará papel fundamental. Donizete e Taílson terão a obrigação de movimentar-se mais e explorar as laterais, abrindo espaços para a entrada do apoiador.
Os dois atacantes concordam que a linha de três zagueiros dificultou a ação na última quarta: “Temos que mostrar mais mobilidade para vencer esta linha de três zagueiros do São Paulo. A solução para furar o bloqueio são-paulino é buscar as laterais do campo ou inverter as posições para abrir espaços para a chegada de um elemento-surpresa”, afirmou Taílson, que ainda não se recuperou de uma forte gripe que o atingiu na véspera da primeira final.
Donizete explica, no entanto, que o time não adotará uma estratégia kamikase para tentar igualar a diferença de três gols do São Paulo: “Vamos nos defender também. Temos que tocar a bola com velocidade e nos movimentar bastante para tentar abrir os espaços na defesa do São Paulo”, disse o Pantera alvinegro.
O zagueiro Dênis não teme ficar desguarnecido na defesa com a obrigação do Botafogo de golear o São Paulo: “A melhor defesa é mesmo o ataque”, afirmou.