Rio - Os jogadores do Leeds, que nesta terça-feira enfrentam o Real Madrid pela Liga dos Campeões, viajaram da Inglaterra para a Espanha sem chuteiras.
Devido aos fortes controles da União Européia para evitar a propagação da febre aftosa, o clube preferiu não levar chuteiras na viagem e pediu às firmas esportivas que vestem seus jogadores que lhes dessem chuteiras novas na Espanha.
De acordo com Victor Saraiva, chefe da unidade de febre aftosa do Centro Pan-americano de Febre Aftosa, a medida é um tanto quanto exagerada, mas não condenável. "É melhor pecar pelo exagero do que pelo descaso", disse.
Saraiva explica como um um ser humano contaminado pode espalhar a doença.
"Uma pessoa que tenha contato com o vírus, encontrado por exemplo no esterco de gado, pode propagar a doença, se tiver contato com um animal sadio."
No caso das chuteiras, ele acredita que é praticamente impossível que haja a transmissão. "Não acredito que existam ovelhas ou gado pastando no estádio deles e assim, contado com material orgânico. Se ainda fosse o campo do São Cristóvão...", disse, em tom de brincadeira.
Depois do sacrifício de milhares de animais por causa do mal da vaca louca, os europeus têm se mostrado bastante preocupados com qualquer doença que possa afetar o gado.
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