São Paulo – O brasileiro Mario Haberfeld vai depender dos cálculos e projeções feitas por computador para se dar bem na abertura da temporada 2001 da Fórmula 3.000 Internacional no circuito paulista de Interlagos. Sem nunca ter realizados testes no autódromo paulistano, a equipe Super Nova está utilizando dados da telemetria de um carro de Fórmula 3 para simular qual o melhor ajuste para entrar na pista no final de semana do GP Brasil.
Os dados foram coletados por Haberfeld, que também no circuito disputou as Mil Milhas Brasileiras.
"Foi muito legal participar das Mil Milhas com o Nelson Piquet, e também matar as saudades da F-3", disse o piloto brasileiro, campeão inglês da F-3 em 98. "Mas o melhor foi poder trazer todas as informações necessárias para os engenheiros saberem o que nos espera aí no Brasil. Quando chegarmos a Interlagos, os engenheiros já vão estar sabendo tudo sobre a pista, desde a extensão e ângulo de cada curva às ondulações do asfalto. Isso vai poupar tempo em tarefas como a escolha das melhores relações de marcha e a calibragem dos amortecedores. Esse trabalho permite que se chegue a cada pista com o carro já perto do acerto ideal. Aí é só fazer a sintonia fina, como a adaptação dos carros à temperatura ambiente, que também é muito importante e demora muito mais. E quem tem mais tempo disponível já está na frente dos outros".
Haberfeld acredita que poucas equipes têm dados concretos sobre Interlagos. "Quem tem acordo com as escuderias de F-1 tem acesso aos dados, mas são todos do ano 2.000 e podem estar defasados. Principalmente os de Interlagos, que foi construído sobre terreno arenoso e sempre muda um pouco. Os nossos são atuais."