Belo Horizonte - Embora tenha a vantagem de fazer, se necessária, a terceira partida contra o Blue Life/Pinheiros dentro de casa, o MRV/Minas não pretende se beneficiar do regulamento para chegar às semifinais da Superliga Feminina de Vôlei. O time mineiro quer garantir a classificação nas duas primeiras partidas das quartas-de-final.
O jogo que abre o confronto acontece amanhã, às 15 horas, no ginásio do Colégio Pio XII, com transmissão do canal Sportv (TV paga). Com uma vitória em Belo Horizonte, já passará para a outra fase se vencer o Pinheiros em São Paulo, na quarta-feira. “Vamos entrar para matar logo no início", afirma a meio-de-rede Kely.
Para chegar ao seu objetivo, o time comandado por William Carvalho não perdeu tempo e, poucas horas após chegar da viagem a São José dos Campos (SP), onde garantiu o terceiro lugar na fase de classificação em cima do Tênis/Oscar/Sel, as jogadoras já estavam treinando na quadra do Pio XII. “Nesta hora não dá para descansar", avisa Kely.
O retrospecto dos confrontos é favorável ao MRV/Minas, que venceu as duas partidas realizadas na primeira fase da Superliga, uma em Belo Horizonte e outra em São Paulo, ambas por 3 sets a 1. Outra vitória sempre lembrada por Comissão Técnica e jogadoras foi a que deu o título do Campeonato Paulista, em novembro do ano passado.
Apesar desta vantagem de ordem psicológica, o Minas não quer se descuidar. “Não podemos complicar o jogo. O Pinheiros virá forte, pois é a última cartada deles para continuar na competição", comenta a meio-de-rede, que voltou a jogar na quarta-feira, contra o Tênis/Oscar/Sel, após ter sido poupada do jogo anterior, contra o BCN, devido a uma intoxicação.
Kely espera uma partida “chata" neste sábado: “O Pinheiros tem muito volume de jogo, contando com jogadoras habilidosas como Patrícia Coco, que defende e saca bem, e Kika. É um time que precisamos respeitar", afirma a jogadora, que considera que o Minas foi beneficiado na formação das chaves.
Caso vença o Pinheiros, o Minas enfrenta o vencedor de Flamengo e São Caetano, podendo repetir a semifinal do ano passado, quando jogou contra o time carioca. O clube mineiro só encontraria com Vasco da Gama (primeiro colocado), BCN/Osasco (ganhou do Minas duas vezes vezes neste ano) ou Rexona (campeão do ano passado em cima do Minas) na final.
“Foi mil vezes melhor pegar o Pinheiros. Seria muito stress pegar um Rexona ou um BCN/Osasco agora. Por isso, o resultado contra o BCN, no sábado passado, não poderia ter sido melhor. O Minas perdeu, mas os dois sets que ganhamos foram suficientes para ficarmos numa boa situação na classificação", avalia.
A jogadora, que ajudou o Brasil a ganhar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney, ao lado da levantadora Fofão e da atacante Karin Rodrigues, ressalta que o time está subindo de produção, seguindo os mesmos passos do ano passado: “Também começamos cambaleantes. Espero conseguir chegar à final mais uma vez".