Rio - Afastado dos gramados desde à final da Copa
JH, em que o Vasco venceu por 3 a 1 o São Caetano, o meia Juninho
Pernambucano conseguiu uma liminar nesta segunda-feira, na 41ª Vara
Trabalhista, no Rio, para continuar exercendo a sua atividade. Ou
seja, o jogador adquiriu o direito de se transferir para um outro clube a
qualquer momento.
“Estive reunido com a minha advogada e com a minha família para
tomar a melhor decisão. Obtive uma liminar que me dá o direito de continuar
jogando futebol e, a partir deste momento, posso me transferir para qualquer
clube, seja do Brasil ou exterior”, afirmou Juninho.
O Vasco terá cinco dias para recorrer da sentença. No entanto,
Juninho não demonstra preocupação e se diz tranqüilo com esta possibilidade: “É um direito do clube. Eu apenas possuo uma liminar que concede o
direito de trabalhar.”
Com várias propostas, o meia preferiu não polemizar quanto ao seu
futuro. Para ele, a única coisa certa é que não vestirá mais a camisa
vascaína: “Estou tranqüilo. Ainda não sei de nenhuma proposta. Mas a única
coisa definida na minha cabeça é que não vou mais jogar pelo Vasco.”
A advogada de Juninho, Gislene Nunes, considerou praticamente
inviável a cassação da liminar por parte do Vasco.
“Foi uma sentença em que o juiz deferiu a liminar, pois não há o
recolhimento de FGTS por parte do empregador desde 1995, além dos salários
do jogador estarem atrasados desde dezembro. O clube tem o direito de
recorrer, mas não acredito que haja a revogação da medida, uma vez que
existe uma mora salarial, o que torna praticamente impossível o
indefererimento no caso de um pedido de cassação”, disse.