Rio - A derrota para o Olaria, logo no primeiro jogo depois da perda da Taça Guanabara para o Flamengo, pôs a comissão técnica do Fluminense em xeque. Mas a chegada de Ramon pode fazer com que Valdyr Espinosa tenha uma semana mais tranqüila do que a que passou: o apoiador jogou bem em seu primeiro coletivo, marcando, inclusive, os dois gols da vitória dos titulares, um deles, de falta.
Espinosa não escondeu a satisfação com a atuação do novo reforço, confirmando sua escalação no jogo de quinta-feira, contra o Cachoeiro (ES) pela Copa do Brasil. “É um jogador veloz, que mostrou habilidade na saída do time para o ataque. Além disso, é bom nas bolas paradas”, avaliou o técnico.
A felicidade pode ter sido uma das causas do bom desempenho de Ramon no treino de ontem. Ele disse que não vinha bem no Atlético Mineiro devido aos problemas de relacionamento que teve com o técnico Abel Braga. Por isso, mostrou-se aliviado com a mudança de time.
“Graças a Deus surgiu esta oportunidade de vir para o Fluminense. Tive algumas divergências com Abel no que diz respeito ao meu posicionamento em campo. Mas aqui no Fluminense não terei problemas. Se Espinosa quiser, jogo até no gol. Estarei à disposição”, prometeu.
Ramon afirmou que o momento difícil que o time está atravessando não o preocupa. “O time já mostrou que tem qualidade. Contra São Paulo e Flamengo, perdeu apenas nos pênaltis. Já os pontos perdidos para o Olaria terão de ser recuperados contra os times grandes. Estar num bom ou mau momento é muito relativo e estou preparado para ajudar a equipe em todas as situações”.
Em sua apresentação, Ramon vestiu a camisa 31 que usará, pelo menos, até o dia 30 de junho. O apoiador disse que escolheu o número para mostrar solidariedade a Juninho, antigo companheiro dos tempos de Vasco. “É um grande amigo, que está num momento conturbado, com dificuldades para renovar seu contrato. Ano passado ele jogou com este número e resolvi homenageá-lo”.
Lembrando dos tempos de Vasco, Ramon aproveitou para afastar a fama de ser um jogador que não costuma ir bem em decisões. “Saí do Vasco com dignidade. Fui um dos melhores do time no Mundial”, disse, referindo-se ao torneio disputado em janeiro de 2000.