Porto Alegre – O atacante Ronaldinho admitiu em depoimento na Coordenadoria das Promotorias Criminais na última terça-feira ter comprado a carteira de habilitação. Ele entregou o documento e assim escapou de uma punição.
O jogador não havia feito o teste e disse que tinha passado pelos exames em Joinville (SC). Só que seu prontuário começava com o número 58 – somente usado em carteiras gaúchas. O craque revelou que pagou pela carteira R$ 400 – valor similar ao de um documento verdadeiro.
“Pelo preço baixo, o sujeito que vendeu a carteira deveria ser gremista”, ironiza uma das pessoas que descobriram a fraude.
Ronaldinho passou a tarde de quarta treinando numa academia da zona sul de Porto Alegre. Por volta de 18h, o Fiat Marea verde-escuro do atleta estacionou no pátio de sua residência, no bairro Guarujá.
Impossibilitado de dirigir, sentava-se no banco do carona, enquanto um amigo que tem sido seu motorista guiava o veículo. Sorridente devido à convocação para a Seleção Brasileira, Ronaldinho falou ao jornal gaúcho Zero Hora sobre o episódio da carteira falsificada:
Pergunta – Qual foi o procedimento usado por você para obter a habilitação?
Ronaldinho - Ah, eu não gostaria de falar sobre isso mais. Já foi chato o suficiente, já falei lá na promotoria tudo o que tinha para dizer. Esse episódio pra mim é passado.
P – A carteira tinha procedência oficial de Joinville, em Santa Catarina, mas agora a informação é de que ela foi feita aqui. Você esteve em Joinville para fazer a carteira?
Ronaldinho - Ah, o promotor lá (Ricardo Herbstrith, da Coordenadoria das Promotorias Criminais) já sabe de tudo isso. Ele é que sabe tudo, como foi, como não foi. Eu já tive de ficar lá na promotoria um tempão esclarecendo as coisas, falando tudo como aconteceu. O doutor lá sabe, pode explicar tudo detalhado. Esse episódio para mim faz parte do passado, nem quero lembrar, foi um erro, vou pensar agora em fazer a nova carteira que é o melhor a fazer.
P – E, para a nova carteira, você vai fazer auto-escola?
Ronaldinho - Com certeza, vou fazer auto-escola e o que mais for preciso.
Agência RBS