Johanesburgo (África do Sul) - A velocista jamaicana Merlene Ottey, que completará 41 anos em maio, afirmou na quarta-feira que sua decisão de se aposentar no fim do ano vai depender de suas performances.
Ottey tornou-se o centro de discussões nas Olimpíadas de Sydney, no ano passado, quando seus colegas da equipe de atletismo protestaram por sua inclusão na prova dos 100 metros às custas da participação da campeã Peta-Gaye Dowdiehe.
``Nos últimos anos, tenho vivido um ano de cada vez. Se eu termino a temporada com boas marcas, então continuo. Se não for tão bom, então vou parar'', disse Ottey.
``Até agora tem havido bons resultados e tenho estado entre as seis primeiras no ranking, e para mim não há motivo para aposentar-me'', completou. ``Gosto do que estou fazendo e tenho conquistado algumas medalhas''.
Com oito medalhas olímpicas, Ottey teve que ficar de fora de competições no ano passado até que uma suspensão por uso de drogas fosse suspensa em julho, dois meses antes das Olimpíadas.
Ottey explicou que o teste positivo para o esteróide nandrolona a abalou bastante.
``Demorou quase um ano (para eu me recuperar). É difícil imaginar quando se é erroneamente acusado e quando se quer provar a inocência''.
``Acho que isso me custou uma medalha nas Olimpíadas. Eu só consegui terminar em quarto (nos 100m)'', completou.
Ottey chegou a Johanesburgo na quarta-feira para competir em meetings em Pretoria na sexta-feira e em Stellenbosch na próxima semana.