Porto Alegre - Foi uma sexta-feira reservada ao perdão no Estádio Olímpico. O primeiro beneficiado foi o atacante Rodrigo Mendes, que, um dia antes, definira como covarde o critério do treinador Tite para afastá-lo do time principal. O jogador pediu desculpas, treinou normalmente e ficará no banco neste domingo, contra o São José, pelo Gauchão.
Mais tarde, foi a vez de Marinho ver aberta a possibilidade de voltar ao grupo principal, depois de um afastamento que já dura 22 dias. Nos dois casos, ficou marcado o estilo conciliador do técnico do Grêmio.
Arrependido das declarações feitas na véspera, Rodrigo Mendes procurou Tite para uma conversa reservada, no começo da tarde de ontem. Depois do pedido de desculpas do atacante, combinou-se que nenhum item da conversa vazaria nas entrevistas.
Assim foi feito. Tanto técnico como jogador foram econômicos nas declarações, garantindo que o episódio não passara de um mal-entendido.
“Não entro em detalhes. Tudo ficou resolvido e ponto final”, disse Tite, pedindo aos repórteres que evitassem qualquer referência ao pedido de desculpas feito pelo jogador para evitar novos constrangimentos.
A situação de Marinho começou a ser resolvida ontem à noite. Sensibilizado com a situação do zagueiro, que admitiu estar sentindo falta da convivência com o grupo principal, Tite admitiu rever o caso numa conversa com os dirigentes.
“A situação mudou. Marinho foi colocado à disposição devido ao interesse de um clube em sua contratação. Como o negócio não saiu, não vejo porque não repensar o caso”, afirmou o técnico, rechaçando os comentários sobre falta de convicção do departamento de futebol.
É aguardada para hoje uma manifestação do vice-presidente de futebol, José Otávio Germano, anunciando que o zagueiro está reintegrado ao grupo principal. O afastamento ocorreu dia 2 de março, quando ficou encaminhado o empréstimo à Portuguesa. Diante da recusa, Marinho passou a treinar num grupo em que estavam Zé Carlos e Adão, outros dois renegados.