Por Oliveira Júnior
Cuiabá (MT) - Quando o primeiro voto foi declarado o candidato da oposição, Bosco Cruz já sabia que estava derrotado. O presidente da Federação Mato-grossense de Futsal, Francisco Xavier da Cunha, foi reeleito hoje para o quatriênio 2001/2004.
O dirigente obteve 16 dos 22 votos, derrotando o candidato da oposição que obteve apenas 6 votos. No total, quatro afiliados não votaram (Araputanga, Santo Antônio, Nova Olímpia, Indiavaí e São Paulo de Sorriso) e 8 enviaram representações no pleito.
A assembléia geral que marcou a primeira disputa na entidade em 21 anos foi marcada por fatos hilariantes. Primeiro um "foguetório" nos fundos da federação, onde acontecia a abertura de um torneio, retardou a abertura dos trabalhos; depois, a urna cedida pelo TRE, onde estavam depositados os votos, teve que ser arrombada, porque ninguém sabia onde estava a chave.
O presidente da equipe do Solrac, de Rondonópolis - tido como um eterno crítico de Xavier e protagonista de várias confusões no esporte, foi quem presidiu a eleição.
Dos 26 votos, poucos clubes filiados à federação e em atividade votaram; entre eles a Puma (campeã estadual), Lixeira/Gênus e o Colégio São Gonçalo/Mixto.
O número de dirigentes de ligas do interior presentes também foi pequeno e alguns que vieram, chegaram a representar duas entidades. O Sinop, por exemplo, foi representado pelo secretário do Tribunal de Justiça da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF).
Em compensação, várias personalidades ligadas ao esporte prestigiaram a solenidade, entre elas o diretor do Detran e ex-jogador de vôlei, Ronaldo Pimentel, além de empresários e patrocinadores.
Mal a apuração terminou e recomeçaram os ataques entre os dois candidatos. "Nas próximas eleições essas representações têm que ser proibidas. Manipulando assim fica fácil", acusou o candidato derrotado, Bosco Cruz.
Xavier respondeu imediatamente, dizendo que "com ou sem as representações seria reeleito. O estatuto permite isso, além do mais não tenho dinheiro. Venci porque votaram em mim mesmo...", retrucou. Xavier chegou a ironizar a disputa. "Pensei que seria mais difícil; o Bosco está trabalhando essa candidatura desde 97", alfinetou.