São Paulo – Bombardeado por críticas de equipes e pilotos da F-1, Tamas Rohonyi, responsável pela organização do GP Brasil, disse que a realização da prova no país é um “milagre”. Para ele, falta estrutura para receber um evento desse porte.
“Interlagos fica numa área carente de
infra-estrutura e o autódromo é muito antigo. Neste ano, foi tudo mais
complicado porque as equipes chegaram da Malásia, onde o autódromo de
Sepang estabeleceu um novo padrão de qualidade. Mas esse foi o resultado
de um investimento de mais de 200 milhões de dólares e a empresa
responsável pela construção é alemã, com experiência em Jogos
Olímpicos", afirmou.
O empresário, no entanto, evitou críticas à Prefeitura de São Paulo, dona do circuito de Interlagos e pediu para que as empresas que patrocinam o GP Brasil abram os cofres também para dar um jeito no autódromo. "Estou profundamente impressionado com a
capacidade de trabalho e as idéias da secretária municipal de Esportes,
Nádia Campeão. Ela sabe como tratar do autódromo, mas aquelas empresas
também poderiam contribuir para que Interlagos esteja sempre dentro dos
padrões exigidos pela Fórmula 1."
O cartola se queixou também dos pilotos. Ele pediu humildade para que a categoria não fique tão fechada. "Sei que muita gente
reclama que as equipes se fecham em seus boxes e mal permitem que os
carros sejam vistos, temendo a revelação de algum segredo técnico. As
pessoas que vão aos autódromos querem ver e fotografar os carros, e
muitas vezes eles estão quase completamente cobertos", afirmou.
"Os pilotos talvez entendam melhor a necessidade de se mostrarem
mais receptivos quando a conversa partir de quem assina o cheque."