Austin (EUA) - Os novos trajes eram o assunto do momento na natação antes das Olimpíadas de Sydney. Maiôs que iam do pescoço ao tornozelo, criados por empresas como Speedo e Adidas, diminuiriam o atrito com a água, aumentando a velocidade dos nadadores e promovendo a quebra de recordes.
Os tradicionalistas se irritaram, afirmando que as regras da Federação Internacional de Natação (Fina) proibiam o uso de dispositivos de flutuação ou outros do gênero que melhorassem a performance.
Os recordes foram de fato superados na Austrália. Mas, segundos dois novos estudos, isso não ocorreu necessariamente por causa dos novos maiôs.
Na primeira pesquisa, publicada na revista ``Swimming Technique'', Joel Stager, diretor do Laboratório de Perf, disse Toussaint.
Os pesquisadores fizeram um experimento numa piscina coberta, com 13 nadadores holandeses de nível internacional. Eles foram requisitados a nadar em velocidade máxima utilizando os novos maiôs e os calções tradicionais. A equipe não encontrou diferenças estatísticas relevantes nos tempos registrados.
A Speedo vinha afirmando que a roupa Fastskin reduziria o atrito entre o nadador e a água em 7,5 %. ``Os resultados desse teste não batem com o anúncio da Speedo'', disse Toussaint.
Mas a polêmica persiste. Em um estudo informal conduzido por Paul Bergen, técnico de natação de uma equipe do Oregon e treinador da holandesa recordista mundial Inge de Bruijn, os resultados atestam que a roupa da Speedo proporciona maior velocidade pelo menos no nado livre e no borboleta.
Os nadadores de Bergen fizeram testes de 25 metros com e sem a roupa Fastskin. Quando usavam o novo maiô, chegaram a baixar seus tempos em meio segundo. Mas críticos desse estudo dizem que, ao fazer a prova com calção de banho, os competidores envolvidos não haviam depilado o corpo como teriam feito antes de uma competição de alto nível.