Paris - Estas foram as principais tragédias ocorridas nos últimos 15 anos em estádios de futebol:
1985: Bradford (norte da Inglaterra). Um incêndio na arquibancada principal durante a partida Bradford-Lincoln City provocou 56 mortes. Iniciado por um cigarro, o fogo começou um pouco antes do intervalo e em alguns minutos tomou toda a arquibancada de madeira.
1985: México. Dez mortos e 30 feridos em estado grave antes da final da Copa do México, entre Nacional e América. Depois de uma reação de pânico, várias pessoas foram esmagadas na entrada do Estádio Olímpico.
1985: Estádio de Heysel (Bruxelas). Apenas três semanas depois da tragédia de Bradford, 39 pessoas morreram antes do início da final da Copa dos Campeões da Europa, entre Juventus e Liverpool, no estádio de Heysel. Nas arquibancadas, ocorreram vários incidentes violentos e em uma investida dos torcedores ingleses sobre um muro caiu por causa de um empurrão dos espectadores que fugiam. A televisão mostrou ao vivo como 39 pessoas morreram esmagadas. O drama custou aos clubes ingleses cinco anos de exclusão das copas européias.
1988: Katmandu. Mais de 100 mortos e 300 feridos no Nepal durante uma partida no Estádio Nacional. Uma violenta tempestade de granizo forçou os espectadores a buscarem um abrigo rapidamente. Mas as portas estavam fechadas e dezenas de pessoas morreram pisoteadas ou esmagadas.
1989: Estádio de Hillsborough (Sheffield, Inglaterra). Na semifinal da Copa de Inglaterra entre Liverpool-Nottingham Forest 96 torcedores do Liverpool morreram pisoteados e 300 ficaram feridos. O drama aconteceu quando 2.000 pessoas sem ingresso se dirigiram até uma das entradas do estádio. A polícia abriu os portões e a multidão avançou sobre as arquibancadas, pisoteando, na passagem, outros espectadores.
1991: Orkney (África do Sul). Os confrontos durante um amistoso entre os clubes rivais Orlando Pirates e Kaizer Chiefs - os mesmos da tragédia desta quarta-feira - provocaram 40 mortes e deixaram 50 feridos. Os atos de violência começaram depois que o árbitro anulou um gol.
1992: Estádio Furiani, Bastia (França). Uma arquibancada provisória instalada para a semifinal da Copa da França entre Bastia-Marselha caiu e causou 15 mortes e 1.300 feridos.
1996: Estádio Mateo Flores (Guatemala). Construído para 45.000 espectadores, o estádio recebeu 15.000 pessoas a mais para a partida das eliminatórias do Mundial da França-98 entre Guatemala e Costa Rica. Foram 90 mortes e 150 feridos em consequência de um tumulto.
1996: Líbia. Oito mortos e 42 heridos em decorrência de confrontos entre dois grupos de torcedores de clubes rivais de Trípoli.
9 de julho 2000: Harare. Pelo menos 13 pessoas morreram quando a multidão tentava sair do estádio nacional de Harare, após a polícia ter lançado bombas de gás lacrimogêno durante uma partida do Zimbábue contra a África do Sul, pelas eliminatórias do Mundial 2002. A polícia interveio para fazer com que os espectadores parassem de atirar objetos no campo, depois do segundo gol sul-africano (2-0).
11 de abril 2001: Ellis Park, Johannesburgo. Pelo menos 47 pessoas morreram, pisoteadas, em virtude da superlotação do estádio Ellis Park de Johannesburgo, durante a partida do campeonato nacional entre o Kaizer Chiefs e o Orlando Pirates.