Miami - O homem condenado por perseguir a tenista Martina Hingis, seguindo-a em torneios, acampando do lado de fora de sua casa e mandando flores e cartas de amor foi condenado na quinta-feira a dois anos de prisão e outros dois anos de liberdade condicional.
Dubravko Rajcevic, um arquiteto naval nascido na Croácia, mas de nacionalidade australiana, foi condenado em quatro acusações por um júri popular em Miami na semana passada - uma por perseguir Hingis e três de ter invadido espaços particulares. Cada acusação tem pena máxima de um ano de reclusão.
Ele já serviu um ano na prisão enquanto esperava o julgamento, portanto a sentença lida pelo juiz Kevin Emas significa que Rajcevic vai passar mais um ano na prisão.
O juiz sentenciou Rajcevic a quatro anos de reclusão, sendo que os primeiros dois anos devem ser cumpridos na prisão (um dos quais já foi cumprido) e os últimos dois em liberdade condicional. Para ter direito à condicional, ele não pode manter qualquer contato com Hingis e terá que se submeter a uma avaliação e tratamento psiquiátrico.
Rajcevic, 46 anos, foi preso em março de 2000 durante o torneio Ericsson Open, disputado em Key Biscayne, perto de Miami, e esteve preso por um ano, com uma fiança estipulada em 2 milhões de dólares, desde então.
Durante o julgamento, Rajcevic disse que estava apaixonado por Hingis -- a jogadora número um do ranking feminino de tênis -- desde o início de 1999, e que nunca fez nada de errado. O advogado de defesa, Frank Abrams, argumentou que seu cliente era culpado apenas de ter perseguido um amor não correspondido.
Mas os promotores disseram que o comportamento dele se tornou uma preocupação para a jogadora suíça de 20 anos.
Hingis chegou a depor no dia 2 de abril, quando declarou que havia dito por várias vezes a Rajcevic que não estava interessada em um relacionamento.