Belo Horizonte - O América começou a vencer o jogo de domingo contra a Caldense, na preleção do técnico Lula Pereira, ainda no hotel onde a equipe ficou concentrada para a estréia na Segunda Fase do Campeonato Mineiro. A opinião é dos próprios jogadores, que revelam que nunca haviam participado de uma preleção tão emocionante e motivadora como essa.
“Foi uma experiência nova para todo mundo, até para os jogadores mais experientes, como eu, o Fabiano, o André Figueiredo", conta o zagueiro Wellington Paulo. “Sem dúvida, mexeu com cada um." O meia Fabrício, autor de dois gols na vitória de 3 a 0 sobre a Caldense, completa: “Foi emocionante. Começamos a vencer na preleção", observa.
O técnico Lula Pereira mexeu com o lado emocional dos jogadores. Ele começou a preleção se referindo ao Domingo de Páscoa. Depois falou de cada atleta, do que era comentado de cada um quando de sua chegada. E que, no dia-a-dia, ele, Lula Pereira, os viu de outra forma. Em seguida, o treinador passou a palavra aos jogadores.
O primeiro a falar foi o capitão, Wellington Paulo. Os jogadores se lembraram das críticas que sofreram durante a Primeira Fase, quando a equipe esteve ameaçada de rebaixamento. Alguns jogadores chegaram a chorar. “Todos expuseram a vontade de dar a volta por cima", afirma Fabrício. “A partir dali, entramos em campo somente com o espírito de vencer." “Já havíamos feito um pacto pela classificação. Agora, fizemos outro para chegar à final, dando o máximo em campo, cada um ajudando o companheiro", completa Wellington Paulo.
Lula Pereira preferiu não comentar os efeitos da preleção sobre o resultado da partida. “É um assunto que guardo para os meus jogadores. Honestamente, não senti nada de diferente", minimiza o treinador, que viu muitos erros de passe na equipe que enfrentou a Caldense, principalmente entre o meio-campo e o ataque.
A partida de domingo foi a quarta em que Fabrício voltou a jogar na meia-esquerda. E o time venceu todas, desde então. “Particularmente, fico feliz com isso. Acho que essa vitória serve para coroar minha volta ao meio-campo. Agradeço ao técnico Lula Pereira por essa oportunidade", comenta o jogador.
Fabrício, no entanto, não rejeita a lateral esquerda. “Gosto da lateral também.
Mas, no meio, fico mais perto do gol, jogo mais à vontade", explica. Sobre os gols, o meia destaca que sempre fica treinando cobranças de falta, após os treinos, e que, no segundo gol, percebeu o goleiro adiantado e bateu no canto, fora do alcance dele.
O próximo jogo da equipe será sábado, contra o Cruzeiro, no Mineirão. Na primeira fase, o América foi goleado por 4 a 1, no Independência, mas Fabrício garante que a situação agora é completamente diferente. “O time cresceu. O Cruzeiro que se prepare, porque não terá moleza", avisa o meia.
Lula Pereira não quer falar sobre escalação. Claudinei e Tucho, que estavam suspensos, devem voltar. O atacante Alessandro fica de fora por causa do terceiro cartão amarelo. Quanto a Ruy, que voltou a jogar como volante, o técnico mantém o mistério. “Ele era a melhor alternativa para o jogo passado e foi bem. O importante é jogar na posição que me agrade e mostre qualidade", define.