Santos - Alçapão por excelência, a Vila Belmiro sempre foi uma arma a favor do Santos. A pressão da torcida costuma ser motivo de temor para os adversários. Mas nesta quarta-feira, na disputa pela vaga nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, os jogadores do Peixe entram em campo com um receio: que os torcedores sejam uma arma de incentivo ao Bahia.
Se quiser seguir vivo na competição, os comandados de Geninho precisam vencer por três gols de diferença. Para retratar o que espera do público presente hoje no estádio. Robert encontrou uma maneira original de pedir apoio. “Torcedor, deixe o chinelo em casa”, pediu o principal jogador santista na temporada, referindo-se aos torcedores que atiram sandálias e outros calçados no gramado.
Mas é preciso entender nas entrelinhas o que o meia quer dizer. Acostumado com o dia-a-dia da Vila Belmiro, Robert quer o apoio das arquibancadas, evitando qualquer declaração mais forte para não entrar em confronto com a torcida. Fábio Costa deixa claro o que pensa e pede o incentivo da massa. “Precisamos de ajuda. Nos vaiando, o torcedor não vai auxiliar em nada. Queremos que pressionem o adversário, não nós”, afirmou o goleiro.
Nos últimos jogos, apesar da seqüência de três vitórias no Paulista, as organizadas do Peixe continuam colocando faixas de cabeça para baixo, em sinal de protesto. “Só não sei contra o que eles estão protestando. Estranho muito quando vejo aquelas faixas de ponta-cabeça”, reclama Serginho Chulapa, do alto da autoridade de um dos ídolos da história do clube.
“Tenho muita preocupação quanto a isso. Será um jogo nervoso e a torcida pode deixar o time mais ansioso”, revela Robert, pedindo também o aplauso do público, que promete lotar a Vila Belmiro.